Resenha: Haikyuu!

Review com base nos capítulos de 1 a 189 (começa no 8º paragrafo)

Você leitor habitual do blog deve estar estranhando eu estar a resenhar sobre um mangá famoso, longo, incompleto e saído das páginas da Shounen Jump. Foram poucas as vezes que isso ocorreu, e em sua maioria tivemos textos de primeiras impressões, como no caso de Shokugeki no Souma e Assasination Classroom.

Uma boa explicação para eu o estar fazendo agora seria dizer que Haikyuu dificilmente mudara, tendo uma formula fixa durante o restante de sua publicação, mas não estaria também errado afirmar que me sujeito a isto em busca de visualizações para compensar o tempo sem posts.

Porém, mesmo com tudo isso estando certo, o fator principal dessa escolha foi o meu último texto sobre quadrinhos japoneses, no qual abordei o insanamente popular Tokyo Ghoul da minha maneira. Mostrando pontos interessantes, falando dos pontos altos e baixos e sem medo de bater o martelo e dar a sentença.

Sim, eu falei mal, pois apesar de ter diversas coisas que adoro ele se mostrou falho em diversos aspectos. E com essa frase vocês já sabem o resultado, não é? Eu fui xingado, desmoralizado, criticado, entre outros.

Eu já esperava um típico “vai se fuder” ou algo assim, mas jamais pensei que ficaria tão nervoso com certos argumentos. O que machucou não foi as menções ao meu glúteo, e sim as pessoas agindo sem ler o texto, ou lendo e se focando numa pequena parte a qual entendeu errado.

E sabe qual o pior disso? Eu tentei responder, explicar, fortalecer meus argumentos e aparentemente isto é um pecado. Fui chamado de hipócrita num contexto que ao menos a meu ver não fazia o menor sentido.

Da mesma forma que o leitor pode se posicionar, assim também pode o escritor. E eu o fiz, sem xingar, calmo, conciso. Logo a publicação desta resenha e uma forma deu voltar a encarar o público. Mostrar que tive medo, recuei, mas juntei forças e aqui estou.

Talvez não com o melhor objeto de análise, pois eu já deixo afirmado, gostei do título, apesar de que provavelmente por motivos bem longe do esperado. Digo isto pois eu não gosto de HQs de esporte, e querendo ou não, comecei a leitura buscando algo do que falar mal.

Existe sim alguns pontos que me incomodaram, como a inconsistência de sequencias de ação em certos capítulos, e querendo ou não como todo mangá de esporte o desfecho das partidas e muito previsível, mesmo que não possa se dizer o mesmo do caminho.

Logo fica a pergunta, como se sair bem num gênero em que os próprios clichês agem de spoiler? Bem, essa é fácil, se utilizando de bons personagens, mostrando o drama fora da quadra e brilhando na hora de criar os lances.

Cada um dos principais do mangá, e nisso incluo cada membro do time, tem uma personalidade única, diria que muito puxada para um certo lado em alguns casos, mas definitivamente bem trabalhada e que encaixa com outros chars sem problema.

Nesse último me refiro à mesa técnica, torcedores e ocasionais aliados e rivais, sendo que este por vez tem backup dos fundamentais flashbacks. E imprescindível esse olhar no passado para se criar histórias paralelas a partida, mostrar motivações e em certos momentos explicar aquele lance mais técnico, o qual obviamente também cabe a qualquer um no estádio que não se encontre em jogo.

Mas o que me surpreendeu mesmo foi a fidelidade ao esporte. Não apenas táticas e técnicas se mostram reais como também a movimentação. Quando alguém faz um saque você pode ver quadro a quadro coisas como ponto de impacto, contração dos músculos, etc. E isso me deixa com um tesão visual tremendo.

Logo eu recomendo Haikyuu… é, podem ler. Você estará consumindo o típico escolar shounen focado num clube esportivo, algo sem maiores mudanças no enredo, mas que surpreende na execução e se apresenta de forma agradável. Quem diria que algo tão simples me faria curtir vôlei, não é? Parece que estou deixando de ser chato…

E é isso galera… eu estou bem ansioso para saber a opinião de vocês quanto ao texto, logo não se acanhe e deixe um comentário, ou se preferir manda ver no botão “gostei” e não deixe de compartilhar.

Texto publicado originalmente em 22/08/2016

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