Eu encontrei este quadrinho enquanto olhava os concorrentes ao Prêmio Eisner deste ano, e apesar do mesmo concorrer em 4 categorias eu o comprei meio que por impulso e deixei de lado por ter outras leituras na frente.
Então, após ler 3 títulos realmente péssimos, resolvi deixar de lado essa besteira de ordem de leitura e arrisquei minha sorte com Pretty Deadly. No início eu estava achando que seria uma leitura ruim e agora eu nem ao menos sei porque pensei isso.
A primeira página da obra já foi o suficiente. Bastou uma olhada descompromissada em metade de uma página dupla para fazer com que eu me apaixonasse por sua bela colorização, e à medida que eu ia passando meus olhos por cada mínimo detalhe eu soube que enfim tinha achado algo que fosse me agradar.
Mas e quanto ao enredo? Eu não sabia absolutamente nada sobre o enredo, pois nem sinopse eu tinha lido, dá pra acreditar? Como já mencionado, comprei apenas no impulso de ter algo com tantas nomeações.
Eu poderia muito bem estar indo novamente em direção a um emaranhado de textos ruins, mas logo notei que a indicação a melhor escritora não tinha sido atoa. Depois de terminar cheguei até mesmo a me perguntar como algo tão bom não ganhou. Acho que depois dessa devo ler Saga e outros quadrinhos para descobrir. Mas enfim.
No início da história somos apresentados a dois animais, um coelho e uma borboleta. Enquanto eles conversam vislumbramos uma cena perturbadora, onde o coelho narra seu único momento de medo. O fatídico dia de sua própria morte.
Então, eles decidem relembrar outra história, assim levando o leitor a um local diferente, o velho oeste. Uma terra seca em tons de marrom cuja as penas negras de um abutre se destacam, não mais do que a garota que vinha correndo vestindo sua carcaça.
Em um salto ela se encontra no local de execução, e logo uma multidão se forma ao redor. A garota e uma andarilha que vaga de cidade em cidade acompanhada de um velho cego, para assim contarem uma história de romance envolvendo a morte encarnada.
Em meio a essa segunda trama, quase que um Inception, a borda começa a ser preenchida com areia que logo toma forma da história, revelando o que se passa na imaginação de cada espectador.
Ao fim, uma cantiga, sobre a filha da própria morte, a qual dizem vir cavalgando por dentro de uma nuvem de poeira sempre que a música termina. E acaba, mas em vez da morte a pequena garota se depara com um cowboy. Mal sabe ela que esse encontro mudara sua vida para sempre, a conduzindo em uma jornada para se opor a própria morte.
O melhor, em minha opinião, e que a história do volume 1 e toda fechada. Simplesmente acabou ali, agradando tanto a quem busca uma história curta, como a quem deseja ler uma serie em andamento. Recomendo fortemente este volume.