Hoje estreia nos EUA o quadrinho Annihilator, escrito por Grant Morrison e publicado pela Legedary Comics. Eu tive a oportunidade de ler o capítulo 1 antes da estreia, cerca de 2 meses atrás, devido aos meus contatos com a editora. Agora finalmente posso compartilhar com você de minha opinião sobre o título.
A arte de Frazer Irving cria um clima futurista e ao mesmo tempo sinistro, me lembrando imediatamente de uma mistura entre o clássico filme Edward Mãos de Tesoura e os filmes de ficção antigos, estilo Star Treck e Battle Star Galatica. Algo realmente chamativo.
Porém não sei se posso falar o mesmo do enredo de Morrison. O personagem principal e um roteirista de cinema com uma personalidade tão deplorável quanto ao do personagem principal de sua nova obra.
Mas não e isso que realmente me incomoda, e sim a dificuldade apresentada na leitura. Não vemos palavras ou expressões difíceis de se entender, mas sim um emaranhado de cortes que fazem o leitor se questionar diversas vezes o que está acontecendo.
Isso e um elemento clássico de muitas obras de sci-fi, porem como disse antes não vejo isso como sendo algo chamativo, pelo contrário, seria algo capais de afastar muitos leitores. Apesar disso, ao final do capítulo o enredo lhe deixa com um gosto de quero mais, assim forçando você a querer continuar a leitura por pura curiosidade.
De início achei que o aliem visitaria a terra e serviria de inspiração para o escritor, mas logo vi que ele já escrevia sobre a vida deste personagem, o que não fazia sentido a não ser que tivesse iniciado pelo fim e cortado para o início.
A história vai seguindo assim, num ritmo quase tedioso, talvez para fazer o leitor se sentir na pele do roteirista, sem saber o que fazer, se sentindo mal por começar algo que talvez não de conta de finalizar, e de repente chega a data final, o clímax.
Um atraso na entrega do roteiro leva a uma briga, então a cena corta para o hospital onde o roteirista descobre ter tido um derrame (se me lembro bem), corta novamente, agora para ele dirigindo um carro quando e parado em uma blitz por dois guardas perguntando se ele mantem contato com um certo individuo, Max Nomax, mais precisamente, o personagem de suas histórias.
Ficamos perdidos, não sabemos o que está acontecendo, igual ao roteirista que duvida da existência do aliem mesmo tendo visto Nomax de relance. Afinal, pode ser algo de sua mente, ele tinha acabado de ser internado, não é?
Mas ao chegar em casa ele, assim como o leitor, fica perplexo e já não entende mais nada. Por que o aliem está em minha casa? Na minha frente? Se dirigindo a mim como se me conhecesse? Para saber mais, so na próxima edição. Isso que me prendeu e tenho certeza de que vai prender você, caso não desista da leitura de imediato.