Primeiras Impressões: The Forevers

Um grupo de pessoas se reúne a noite e ateiam fogo numa vasta planície, a qual ganha um serpenteado de cor purpura incandescente e fosforo branco. Sete pessoas, um começo, um mistério.

Então avançamos dez anos, onde acompanhamos Jamie Ashby e Daisy Cates, respectivamente os números 1 e 5 desse estranho ritual, ou projeto de algum tipo. Os vemos depravados, consumidos pelo holofote da fama, e assumimos que algum tipo de desejo os levou a esse destino.

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Nós não os conhecemos, mas assumimos que essas almas torturadas em algum ponto eram melhores, pois são os primeiros apresentados, os possíveis “herois”.  E então acompanhamos suas quedas de maneira fantástica, assim levando a um segundo início e criando um forte vínculo com o leitor.

E surpreendente como eles esbanjam personalidade e carisma, mesmo sendo maus exemplos. Talvez por nos humanos sermos atraídos por histórias de tragédia e enredos maduros.

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Nas 29 páginas apresentadas o que vemos e basicamente um slice of life dramático, com pessoas desconhecidas, pouco apresentadas, mas que são extremamente reais e que nos fazem sofrer e ficar chocados com algo que muitos achariam pouco, graças ao fantástico traço de Eric Scott Pfeiffer (Arcadia), a brilhante narração e enredo de Curt Pires (Mayday) e o design das páginas construído por Colin Bell e Ryan Ferrier.

Eu não costumo parabenizar um time inteiro, mas nessa obra você consegue enxergar claramente a participação de cada um. Eu estou apaixonado por esse time, encantado com a arte e ansioso pelo desenrolar do enredo.

No geral uma obra com vibe de Vertigo, madura, cruel, cativante. De um terror real, de drama moderno. Mal posso esperar pelas próximas edições.

Texto publicado originalmente em 12/09/2016

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