Post Especial: Melhores de 2015!

Mais um ano que se vai, repleto de pontos altos e baixos. Não quero ser pessimista, mas isso é simplesmente a vida. O que nos faz sair da bad e seguir em frente e a maneira como encaramos os acontecimentos passados, seja guardando lembranças positivas dos momentos que tivemos com nossos familiares, desabafando no ombro de um amigo ou, se for do meu time, relembrar as obras que marcaram 2015.

Convido vocês caros leitores a curtirem um texto especial, marcando a chegada de 2016. Sim, o Melhores do Ano, um dos posts mais visitados da história do blog está de volta. Aqui eu e meus colegas nos reunimos, como bons amigos que somos, para indicar a vocês não apenas os melhores lançamentos mas também os títulos que marcaram o ano para nos.

Sem mais delongas, eis nossas escolhas para os melhores de 2015.

Zigfrid – Mangatom

Animação do ano:- Uchuu Show e Youkoso

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Não vou mentir, tenho esse texto pronto desde o dia 9/12, falando de uma obra de 2010 que assisti em meados de julho, se não antes, para um texto de melhores de 2015. Parece ironia, mas não, é como esse projeto foi idealizado. Ao invés de falarmos de algo novo, mas incompleto, que pode vir a ser ruim, salve exceções, indicamos títulos já finalizados os quais atestamos a qualidade e afirmamos que marcaram o nosso ano, independente da data de lançamento.

Eu poderia esperar um pouco mais, maratonar aquele anime que todos falam e nunca vi, daria tempo, mas decidi que este filme deveria ser o ponto alto do meu ano devido a surpresa que me foi, uma vez que assisti este sem nem ao menos ler a sinopse. Sim, eu fui às cegas e descobri uma joia rara que esbanja qualidade.

Uchuu Show e Youkoso começa como um típico slice of life/aventura mostrando jovens indo passar o verão sozinhos no prédio da escola. Rapidamente, com a descoberta de Pochi, um aliem de aparência canina, a trama se torna mais complexa, agora incluindo como gênero space opera.

Se inicia então uma viagem através de um universo com visuais de cair o queixo e fazer qualquer criança suspirar. Aliens de todas as formas e personalidades, cenários sci-fi megalomaníacos, mistério, drama e acima de tudo personagens carismáticas. A obra caiu como uma luva nesse coração de velho, lembrando a sensação que tive ao assistir pela primeira vez a trilogia original de Star Wars.

HQ do ano: Kokuhaku

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Essa certamente foi a categoria mais difícil para mim. Desde de 2014, talvez até antes, minhas leituras diminuíram de forma drástica, em parte por conta de trabalho e estudo, mas em 2015 eu dei a volta por cima da situação e posso afirmar que li HQ a rodo.

Fiz parceria com editoras gringas, onde descobri o fantástico We Can Never Go Home, Resenhei Planetes, inédito no Brasil, e Na Prisão, da antiga Conrad. Falei de todas as obras da franquia Deep Love, tive o prazer de ler Supernada e me encantei pelo suspense Kokuhaku. No fim ainda deu tempo de iniciar o tão comentado Kokou no Hito, fora tantas outras obras fantásticas que não tive tempo de escrever sobre ainda.

No fim, depois de pensar por horas, decidi que minha escolha seria de uma obra que me manteve preso do início ao fim, numa maratona alucinante que me fez cair o queixo a cada nova virada de página. Falo de Kokuhaku, obra Nobuyuki Fukumoto e ilustrada por Kaiji Kawaguchi. Com uma dupla dessas não tinha o que dar errado.

Revelação do Ano: Supernada / Life is Strange

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É, eu mal vi animes deste ano. Na verdade, dá para contar nos dedos de uma mão. Teve Hibike! Euphonium, o qual resenhei aqui, Digimon Tri, tema do meu texto favorito deste ano, One Punch Man, que apesar de não ser tão cômico quanto o mangá se mostrou uma ótima adaptação, e Plastic Memories, que mesmo sendo bobo me fez chorar ^^”.

Eu gostei dessas obras, mas ficou faltando algo sabe. Ai eu me toquei “ei, eu também posso indicar um quadrinho!”. Coisa que fiz nos anos anteriores e que por algum motivo so lembrei na hora H. Sendo assim, o título de revelação do ano fica com Supernada, do meu xará Raphael Mortari.

Comodismo, euforia, entre outros nos são apresentados na forma de sintomas de uma grande epidemia, assim demonstrando a revolta do autor por certos pontos determinados pela sociedade, os quais você certamente já reparou e provavelmente vai se identificar. Juntando isso ao traço fantástico de Daniel Sanchez e uma boa dose de simbolismo temos uma obra prima, curta, sagaz, quase um soco no estomago, que lhe fara refletir por horas afim.

Mas… desculpa cara, teve um empate.

Eu gosto de seguir as regras ao pé da letra, mas nosso outro redator, kouma, vide texto abaixo, resolveu indicar um jogo como revelação, e eu vou fazer o mesmo (e roubar a indicação dele -Q). Life is Strange e foda, não concordo com ele falando que fica repetitivo, mas o cara descreveu perfeitamente diversos pontos importantes. Se tu curte mesmo esse estilo de jogo vai fundo que e um dos melhores já lançados. So não falo mais pois vai ter texto so pra ele, hehe.

Kouma – Mangatom

Animação do ano: Neon Genesis Evangelion

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Graças ao infame último filme a ser lançado ainda este ano da saga maior que deu vida aos otakus e melhor sobreviveu ao tempo, me obriguei a assistir esta “franquia”. E só ganhei com isso.

Neon Genesis Evangelion define a animação japonesa. Não há igual. Os arquétipos apresentados em primeira mão, o gênero absoluto do Japão, a complexidade psicológica da trama e o reflexo social que a obra retrata — tudo isto e mais contribui para tornar EVA um clássico dos animes. E por possuir uma animação tão própria da mídia, em certos momentos narrando a história de modo que só um desenho animado poderia narrar e tornando-o uma narrativa exclusiva e inadaptável para outros formatos, é bom assisti-lo com uma boa dose de animações pelas costas pois precisará para saber apreciá-lo.

Na época não me importei com a história. Sequer entendi-a. Na verdade ela possui duas camadas: uma interna e outra externa. A externa é a batalha contra os inimigos, o cenário padrão de todo gênero mecha lá com seus mistérios e ignomínias. A interna é a evolução psicológica do personagen Shinji Ikari tentando mudar a maneira de ver a si mesmo, as pessoas e o mundo. Apesar de tudo, Evangelion transcende o próprio gênero de mechas. Ao assistir, tenha isto em mente: EVA é sobre Shinji Ikari; EVA é sobre todos nós.

HQ do ano: Himegoto – Juukyuusai no Seifuku

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Lido sem nenhuma indicação, literalmente clicando aleatoriamente no mangá, foi a surpresa mais crua no sentido letra por letra da palavra. Até agora não raciocino por que gostei tanto: se é pela história, por como o elemento homossexual é usado na história, se é por causa dos personagens ou se é por causa do suspense. Acho que é tudo isso junto.

Existe uma tendência atual no Japão na qual os artistas desenham meninas para depois alegar que se trata de rapazes vestidos de meninas. Há muito de apelo trap — e yuri — neste mangá. Mas o ponto não é tratado escancaradamente: diria que é sensível até, e muito orgânico, natural e realista. Fez-me pensar mais a respeito dos homossexuais, transsexuais e afins. Como se sentem, como vivem, o que pensam, seus medos, o que esperam para o futuro, etc, etc. Não tem ambições literárias para tratar do tema de forma que vá até o talo, porém, lhe faz lançar um novo olhar sobre a homossexualidade e os personagens homossexuais nas narrativas de hoje. São tipos de pessoas e personagens complexíssimos e com uma gama de conflitos internos e externos quase infinitos, o que é verificável em Himegoto.

Infelizmente, poucos autores estão sabendo aproveitar-se disso como o mangaká Ryo Minenami. Quiçá, e boto ênfase nesse quiçá — pois posso passar de ignorante nisto — ele será pioneiro dalguma futura tendência de mangás.

Revelação do ano: Life is Strange

Viagem no tempo, contemporaneidade, dia a dia universitário… O jogo tem quase tudo que me apela, e acredito serem os motivos principais por me fazer gostar dele. A história é envolvente, os personagens são super detalhados, riquíssimos, tal qual o mundo, e para quem acompanhou o jogo na época que ainda saía os cinco episódios sabe como é sentir na pele a tensão e angústia de esperar o próximo ao final de cada um.

Muitos se decepcionaram com o fim. Eu entendo-o, e acho que não poderia serem outros num jogo como este. É uma questão de aceitar o que a história propõe, trabalha e conclui ao final de tudo. Afinal, é o conto da Max, a garota que de repente viajou no tempo e… Coisas estranhas acontecem com ela, muito estranhas. Acrescentado a isso, o mundo de LiS já é estranho, cheio de referências à cultura pop e alguns simbolismos de relevância duvidável até certos pontos da trama. Não à toa, o jogo é focado no enredo e nos personagens — as estrelas do jogo — em detrimento do gráfico. Embora a mecânica de viajar no tempo seja interessante, a jogabilidade é repetitível. Mas a trilha sonora é um elemento que redime-o.

Eu, que muito tempo fiquei sem jogar nada, voltei a ser gamer temporariamente por causa de LiS. Na verdade, como não tenho consoles da nova geração e nem um computador potente, tive que assistir a Walktroughs do youtube. E mesmo por meio deles não pude deixar de sentir a riqueza do jogo. Definitivamente o jogo do ano, não — melhor coisa lançada neste ano. Marcou 2015.

Carlírio – Netoin

Animação do ano: Shirobako

Shirobako

Saudações.

Quem aqui escreve é Carlírio Neto, do blog NETOIN!. Fui convidado pelo nobre Siegfried para, igual à 2013, comentar aqui aquilo que eu tenha julgado como destaque e menção honrosa no universo animístico, desta vez sobre o ano de 2015. Como li poucos mangás, então preferi me abster de dar uma opinião mais sucinta sobre as publicações nipônicas. Desta forma, meus pontos estarão baseados unicamente nos animes exibidos neste ano.

Começando então pelo dito anime do ano. Muito embora 2015 tenha sido, na média, muito fraco dentro da esfera animística, houveram sim boas obras e surpresas positivas em paralelo. Seguramente, minha pessoa poderia ter enquadrado cerca de três títulos em um tipo de empate técnico para tal posto. Contudo, o meu foco estará em apenas uma citação, sendo que tal ficará à cargo de Shirobako.

Este anime, que  iniciou-se em outubro de 2014 e terminou em março de 2015, teve um enredo pautado no gênero slice-of-life com lampejos certeiros de drama pessoal e certas visões realistas sobre uma área profissional quase endeusada por muitos mas que, na verdade, esconde diversos pormenores. Em outras palavras, Shirobako acabou servindo como uma verdadeira aula sobre estúdio de animação.

Para que este ideal fosse levado adiante, seria imprescindível um grupo homogêneo e harmonioso de personagens. Por sorte, a obra contou muito com isso. Cinco amigas, cada uma ocupando um cargo de respeito dentro do estúdio, mostraram no decorrer do anime que a vida em tal área profissional exige muito mais do que se podia aparentar. Soma-se à isto o fato de que a obra ainda trabalhou, paralelamente, os conflitos que podem acarretar nas vidas particulares de tais profissionais. Shirobako se saiu muito bem em todos estes aspectos, tendo como ponto culminante o soberbo episódio #23.

Por mais que fosse parelho, Shirobako acabou merecendo ficar no topo, na opinião de minha pessoa. Outros animes poderiam ter aqui aparecido, sendo eles One Punch Man e Kekkai Sensen. Mas, com certeza irrefutável, o posto de anime destaque em 2015 acabou ficando em ótimas mãos.

Revelação do ano: One Punch Man

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Pode até soar estranha tal citação para você, visitante do Mangatom. Mas a verdade é que One Punch Man acabou merecendo tal premiação simbólica, justamente pelo fator surpresa que o anime acabou desenvolvendo, ao longo dos seus doze episódios (uma vez que a minha pessoa não é grande fã de shounens). Motivos para tanto não faltaram, sendo que todos eles serviriam facilmente de atributos para que tal obra pudesse ser colocada como destaque do ano, de toda a forma.

Ter um protagonista carismático entra como um ponto positivo. Sendo assim, o Saitama realizou um papel soberbo neste aspecto. Ele, que no início era um herói apenas como passatempo, acabou “se profissionalizando” nesta atividade e conhecendo outros guerreiros da mesma esfera de ação. Porém, o jovem careca mereceu aplausos por seu comportamento totalmente minimalista. Sua força descomunal (provinda de uma sequência absurda de treinamentos básicos) é capaz de destruir as maiores ameaças possíveis à atingir a Terra.

Como se apenas este bravo herói não bastasse, seu pupilo ciborgue também teve uma grande representatividade, sendo tal de nome Genos. Tal ser resolveu seguir os caminhos (e ensinamentos) do Saitama como um tipo de fonte permanente para a vida, visando ficar cada vez mais forte. Muitos dos momentos cômicos de One Punch Man (que é outro ponto bem destacável na obra) ocorreram com ou entre estes dois personagens. Além destes, vários outros integrantes do elenco apareceram e contribuíram bem para a causa do anime. Contudo, o baixo aproveitamento de alguns de tais personagens acabou entrando como ponto negativo no anime em si.

A minha pessoa nada tem para se queixar da parte técnica desta obra, pois a Madhouse acabou realizando um trabalho totalmente digno de nota. Isto vai desde os conceitos de animação e cenário (ambientação no geral) até a parte acústica (somando abertura, encerramento e as insert songs). One  Punch Man acabou sendo merecedor de muitos créditos neste escopo, fator este que poucos animes conseguiram se enquadrar, ao longo de 2015.

Quando se fala de surpresa, em especial colocando nisto obras que “fazem uma curva” (levando em consideração meus gostos pessoais), seguramente o anime Shimoneta poderia ter sido muito bem citado aqui. De toda a forma, One Punch Man acabou sendo bem representativo para o ideal aqui exposto.

Thais Spiegel – Nave Bebop

Animação do Ano: The Big O

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Vou ser sincera. Eu não sou ligada nenhum pouco em anime mecha, pra mim tanto faz como tanto fez. Mas esse, inevitavelmente, ocupou o topo de melhores animes que vi esse ano, por justamente transformar a minha mente pequena num lugar mais amplo, e por assim dizendo, receptivo à novas possibilidades.

O anime é de 1999, e contará a história de Roger Smith, um cara que trabalha como intermediador em negociações perigosas, como pagamentos de sequestros. Para isso, ele irá se utilizar de seu robô nas missões, que por sinal, conduzirá como pano de fundo na história, deixando muitos mistérios sobre ele para serem solucionados no fim.

A pegada noir, os personagens carismáticos e ao mesmo tempo misteriosos, o clima onde a história é contada, a trilha sonora, enfim, todo o conceito daquele universo é extremamente cativante. É uma história rica em detalhes, mas é também muito simplória. Tanto as cenas paradas, como as mais agitadas, todas elas acrescentaram um charme gritante para a série. Com certeza, ao me lembrar de 2015, me lembrarei de The Big O instantaneamente.

HQ do Ano: Pluto

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Eu sou suspeita pra falar – já que sou fascinada por histórias de suspense policial, amante assídua do trabalho do Naoki Urasawa, e admiradora de grande parte dos mangás do Tezuka – não tinha como eu não amar Pluto. Ainda estou me culpando por não ter lido essa maravilha antes. Pra quem não sabe, o mangá esteve em publicação entre 2003 à 2009, e segue a vida do detetive Gesicht, um robô policial da Europol, que está tentando resolver um caso de assassinato, envolvendo a morte de robôs e humanos. A história é baseado no Astro Boy do Tezuka, mais especificamente no arco ”The Greatest Robot on Earth”. Naoki deu uma cara nova para o antigo, deixando viva e reluzente as principais e melhores características do que já existia, numa roupagem mais atual, incluindo suas marcas registradas de forma respeitosa e íntima.

Um dos pontos mais altos do mangá para mim, é o contraponto existente em nossa realidade atual com ao do mundo fictício. Enquanto nós nos parecemos cada vez mais com robôs, eles lutam cada vez mais para manter sua humanidade. Outro fator que contribui com isso, é o conceito daquele universo, mesmo que seja irreal a convivência com androides humanizados, o pano de fundo aproxima a história com a realidade, misturando fleches históricos reais, e reações comuns aos personagens. Seja eles robôs ou não, o modo como cada um reage as situações humaniza ainda mais a história, e cria uma veracidade tremenda para o mangá.

Enfim. Vale muito à pena ler Pluto. Foi a melhor coisa que li em 2015.

Revelação do Ano: Kekkai Sensen

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Bom, esse ano, não fui muito ligada a lançamento de mangás (o máximo que cheguei disso foi acompanhar o final de Orange), então, vamos falar de animes. Sim, 2015 foi o ano de Shirobako, One-Punch Man, Hibike! Euphonium, Prison School, Ore Monogatari, e tem até quem arrisque um Charlotte (eu não me incluo). Mas pessoalmente, Kekkai Sensen me chamou mais atenção pelo estúdio Bones ter caprichado um pouco mais na animação, pela história ser interessante – embora nada tãoooo criativa – e por ter bons personagens. Tudo bem que o atraso da exibição do último episódio foi uma tremenda brochada, porém, ainda sim, considero Kekkai Sensen uma grata surpresa.

Não tem nada digno de uma verdadeira revelação, até porque é um anime comum se for pra parar pra pensar (Durarara!! e Baccano! tão aí pra provar isso), mas eu gosto de histórias meio malucas, principalmente se forem bem contadas. Se a trilha sonora acompanhar bem a intensidade dos acontecimentos, é melhor ainda. O ritmo está sim descompassado, mas considero uma confusão boa pra atiçar a curiosidade, e descobrir que diabos está acontecendo ali. O anime tem boas cenas de ação também.

Então, meu voto irá pra Kekkai Sensen.

Natth – Elfen Lied Brasil

Animação do Ano: Kekkai Sensen

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Adaptação do mangá do mesmo autor de Trigun, Nightow Yasuhiro, produzido pelo estúdio BONES. Talvez um dos melhores primeiros episódios do ano, e um anime para ser recordado por seus problemas de atraso na produção (risos) mas ao mesmo tempo, o final foi tão bom que eu nem me importei de esperar.

Futuro pós-apocalíptico onde se abre um portal na antiga cidade de Nova York trazendo vários seres de outros mundo, e ao mesmo tempo cobrindo os arredores da cidade de nevoas densas a isolando totalmente do mundo externo, anos se passam e as pessoas daquela cidade aprendem a conviver com os alienígenas, mas mesmo assim o crime é algo que permaneceu, e o grupo de super-humanos da libra, está lá para proteger a cidade pelas sombras.

Me surpreendeu, eu me diverti em todos os episódios, a trilha sonora é muito boa, com um som de Jazz ao fundo, a história tem bastante momentos cômicos nonsense que me atraem bastante, e esse anime deveria estar pelo menos no top 10 desse ano de todo mundo. Foi anunciado que o mangá está vindo para o Brasil pela JBC! Preparem-se =3

HQ do Ano: Mahoutsukai no Yome.

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Eu descobri esse mangá em um texto do Blog Intoxicação Alimentar, e pelo review achei interessante e fui conferir, e juro a vocês que não me arrependo de nada. Esse mangá é lindo! Não digo só o Character Design, que é realmente bom, mas ele passa boas energias quando estou lendo, cada capitulo de evolução dos protagonistas é amável, eu não consigo odiar nenhum um pouco essa história, que achei bastante original. Pode até não ser na verdade, já que eu não tenho muito costume de ler estórias “históricas”, mas a forma como eles usam a magia é encantador.

A história começa com uma bela garota de cabelos vermelhos e aparência muito sofrida, Hatori Chise, sendo vendida como escrava no mercado negro. Ela tem um poder especial que fazia ver criaturas mágicas, e isso a fez ser afastada da família, por ser estranha, e trazer má sorte. Quando está já não tinha esperança nenhuma, em pleno leilão, um mago muito exótico, a compra e lhe oferece a chance de talvez recomeçar, a tornando sua noiva e aprendiz.

Eu achei uma narrativa muito bem construída, personagens cativantes, e um mangá muito bonito de se ler, sério, sempre que sai capitulo novo meu coração se aquece com a doçura dos momentos, obra extremamente recomendada. De Yamazaki Kore, desde 2013, mensal e com seus 4 volumes e em andamento.

Revelação do Ano : QQ Sweeper & Queen’s Quality

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Na verdade, QQ Sweeper é um mangá completo do ano de 2014 em apenas 15 capítulos, mas Queen’s Quality é sua continuação direta e começou a ser publicado agora no ano de 2015 e está em andamento na Betsucomi. To explicando isso porque o Tópico de revelação do ano precisa ser algo que começou esse ano, mas não posso explicar Queen’s Quality sem explicar seu Prequel não é verdade? Novo mangá da Motomi Kyousuke autora de Dengeki Daisy.

Nishioka Fumi é uma garota POBRE, se transferiu para a escola e acabou sendo descoberta dormindo em uma das salas vazias de lá por não ter onde morar, por Horikita Kyoutarou, sobrinho do diretor, jovem que faz parte do clube de limpeza da escola. Por vários motivos Fumi é aceita como faxineira na casa de Kyoutarou para ajudar no negócio de Limpeza de sua família, o problema é que não é uma limpeza comum.

Quando Daisy era um mangá com uma história mais próxima do “real”, com ação, hackers, serviço secreto e coisas do tipo, QQ Sweeper e Queen’s Quality usam um pouco de fantasia. Kyoutarou é um jovem sem qualquer habilidade de comunicação, e sem amigos, mas muito bom em limpar, capaz até de limpar os corações das pessoas, esse é o trabalho de sua família, limpar a mente das pessoas das emoções negativas que vão corroendo suas almas até uma morte abrupta. Fumi acabou se envolvendo com esse mundo e começou a trabalhar junto com a Família Horikita no ramo de limpeza, mas Fumi não é uma jovem qualquer, ela é muito mais especial do que aparenta. Mangá me surpreendeu bastante, ele é bastante psicológico e dramático com todas as situações negativas que ocorrem principalmente com a protagonista, achei ele bastante original e interessante e bem detalhadinho como a autora sempre faz em suas obras, recomendo imensamente.

Shoujismo

Revelação do Ano: Akagami no Shirayukihime

Akagami no Shirayukihime

Olá, pessoal! A convite do Mangatom, nós dos Shoujismo, viemos aqui fazer um post pra série dos melhores do ano. Vamos falar da adaptação (de Shoujo) que nós achamos melhor neste ano. Falaremos de Akagami no Shirayukihime.

Akagami no Shirayukihime conta a história de Shirayuki, uma menina de uma pequena vila que sempre chamou atenção por possuir raros cabelos vermelhos como uma maçã. Orfã, ela foi criada por seus avós, já falecidos, e com eles aprendeu seu oficio e se tornou uma Herbalista. No entanto, sua pacata vida é mudada drasticamente quando, por causa de sua característica única, é escolhida para ser a concubina de Raji, príncipe de seu país. A moça então foge durante a noite para a floresta e então conhece um belo rapaz chamado Zen. Ele a ajuda com seu problema e a chama para morar com ele. Ele é o príncipe do país vizinho.

Akagami no Shirayukihime foi inspirada pela história da Branca de Neve (Shirayukihime, no japonês) e em alguns momentos vai apresentar pequenas simbologias referentes à história da princesa – como uma maçã envenenada, por exemplo.

É uma história bem simples que não apresentará muitos conflitos fortes e profundos, mas que traz uma mensagem de independência, onde você toma as rédeas da sua própria vida e vai à busca do seu próprio futuro, sem aceitar que decisões referentes a si mesmo sejam tomadas por terceiros.

Bom, mas como esse post é para falar sobre a adaptação, não analisarei muito a obra.

A adaptação em si foi muito boa. Eles conseguiram melhorar o ritmo do mangá, que é, no início (ao longo da obra isso é consertado) bem lento, tendo finais de capítulo abruptos e uma narrativa não muito fluída no inicio. Foram adicionadas algumas cenas, que não impactam em nada o desenrolar da história, para causar esse efeito. Um ponto positivo para a animação.

Na questão de ordem de cenas e de acontecimentos houve algumas mudanças. Os acontecimentos da obra seguiram a ordem do mangá. Porém, algumas cenas que são mostradas um pouco mais pra frente no mangá foram adiantadas no anime para se ter um melhor esclarecimento de certos acontecimentos apresentados.

No quesito animação, o anime tem seus altos e baixos. No geral, a animação foi muito boa, mas em alguns momentos houve alguns “escorregões”, o que é normal. Uma animação impecável é extremamente difícil de ser obtida.

Bom, é isso. Espero que tenham gostado e a equipe do Shoujismo agradece ao Mangatom pelo convite! Até mais!

Gyabbo!

Animação do Ano: Hibike! Euphonium

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Depois de uma entresafra de títulos bem feitos, mas sem grande apelo para mim, Hibike! Euphonium, adaptação de light novel homônima, conseguiu trazer de volta toda alma que me fez apaixonado pelo estúdio Kyoto Animation: uma animação afiadíssima, arte inesquecível, trilha sonora perfeita, personagens carismáticos e interessantes, além de uma boa história a ser contada. Com seus 13 episódios acompanhamos não somente os treinamentos de uma fanfarra escolar, mas principalmente o desenvolvimento de um grupo de adolescentes prestes a se deparar com o mundo adulto de cobranças e resultados, sem nunca perder a esperança própria dessa fase. Hibike! Euphonium não somente é o melhor anime de 2015 como tem tudo para manter-se com uma das melhores produções nipônicas dessa década de 10.

HQ do Ano: Vitamin

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Fechando 2015 com chave de ouro, Vitamin é para mim o melhor shoujo publicado este ano em nosso mercado, ainda que a disputa seja acirrada com Orange, também da editora JBC. Com frieza, Keiko Suenobu desnuda o fenômeno do “ijime”, conhecido no Brasil como bullying, mas que no Japão toma contornos mais dramáticos e sistemático. Ler a história de uma jovem estigmatizada por sua própria sexualidade e execrada por seus colegas nos dá uma importante ferramenta para que possamos pensar junto dos jovens brasileiros questões como sexualidade, feminismo, bullying etc. Mais do que uma simples obra para passar o tempo, Vitamin mostra como os quadrinhos podem ter um papel transformador em nossa sociedade, basta serem aceitos.

Revelação do Ano: Homesick Alien

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Homesick Alien, do brasileiro Ichirou, não somente foi uma revelação para mim enquanto obra e autor, mas também por me mostrar o Silent Manga Audition, premiação japonesa para quadrinhos curtos e sem diálogos, pura maestria com a quadrinização. Com apenas 11 páginas, Ichirou evoca em nós uma saudade de tudo aquilo que amamos, mas deixamos para trás em busca de nossos sonhos. Se você ainda não conhece, dá uma escapulida no site da premiação pois essa e muitas outras histórias te aguardam!

Nintakun – Mission Fiction

Animação do ano: Saekano

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Saekano foi uma surpresa pra mim. Mesmo tendo passado apenas em janeiro, só o assisti agora próximo ao fim do ano e é basicamente o começo de Bakuman só que sobre visual Novel. Ainda que a série tenha seus problemas, muita coisa é feita com um esmero invejável e o anime como um todo trabalha com interessantes subversões de conceitos e usos de linguagem e metalinguagem, dialogando um pouco a respeito da relação entre criador e obra e tudo que rodeia essa relação simbiótica. Pode não ser perfeito, mas há tanta coisa que podemos extrair de dentro dele que não dá pra deixar passar batido.

Revelação do ano: Undertale

Como não consumi nada de anime (ou muito menos mangá) desse ano que pode ser chamado de “revelação” e o Zigfried disse que podemos falar de jogos aqui dessa vez, então escolho Undertale. Mesmo com a sua cara de “olha, só um outro jogo baseado em Earthbound“, ele é muito mais que isso, e engraçadamente, de todos os jogos que recebem esse rótulo, ele parece ser um dos que melhor entende o que fez Earthbound ser o que é e faz coisas bem semelhantes, mas com sua própria assinatura e linguagem. A história não é uma super história inovadora, mas o grande  brilho de Undertale está na maneira como essa história é contada, sempre contando com a mão do jogador para conduzir tudo e o tempo todo se renovando até o fim.


É isso, acabaram-se os textos de 2015 e que venha 2016, com muitos animes, mangas, HQs e jogos para todos.

Texto publicado originalmente em 31/12/2015

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