Primeiras Impressões: The Disciples

Mais um post da Black Mask, capítulo um, vocês já sabem as paradas. Hoje temos o sci-fi, ou ficção cientifica para os leigos, The Disciples. Obra escrita por nada mais, nada menos, que Steve Niles, fundador da editora e autor do famoso 30 Dias de Noite.

As ilustrações ficam a cargo de Christopher Mitten, responsável pelo altamente estilizado Westlands, da Oni Press. A princípio achei o traço dele genérico e as linhas irregulares me incomodaram um pouco.

Isso é, até começarmos a ver do que realmente se trata a obra com detalhados cenários espaciais e uma nuvem de cadáveres flutuando ao redor de Júpiter, como corpos celestes atraídos por um ser maior.

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Felizmente isso não passou de um pesadelo da tripulante Dagmar. Ou seria está uma visão? As coisas se complicam quando em meio ao memorando da missão Rick menciona a Jules um fato de sua infância, nunca dito antes, mas que estava presente no sonho.

Agora os três tripulantes da Venture embarcam numa missão contra um grupo religioso que fez lavagem cerebral na filha de um senador. A missão é recuperar a jovem dama, e se por ventura houver resistência, meter um tiro nos bagos do multimilionário Maccauley Richmond.

Seria uma missão aparentemente fácil, talvez até prazerosa, se não fosse por um intruso. Ao chegar nas proximidades do planeta Júpiter Rick nota que alguém fechou o refeitório, para segundos depois dar de cara o arrombamento da porta.

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De dentro sai uma criatura antropomórfica, pele aparentemente pútrida, a derreter, úmero exposto, corte abdominal profundo, lembrando uma vulva, fala rudimentar, olhar indiferente, cabelo esvoaçado, crostas pelo corpo, tendo um feto preso por um longo cordão umbilical e envolta em nevoa.

Tal cena, se real, faria até mesmo o mais valente dos soldados abrir a torneira enquanto aduba as calças em meio a gritos finos, canais lacrimais transbordando e uma corrida desesperada, porem infrutífera, para a parede mais próxima, onde permaneceria de cócoras.

O mestre dos HQs de Terror está de volta para fazer novamente suas noites se tornarem pesadelos eternos.  Muito antes de seu lançamento, dia 10 de junho de 2015, a obra caiu na boca dos críticos como um clássico instantâneo.

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Em parte isso se deve ao anuncio da Universal Cabe Productions (UCP), uma subsidiaria da NBC responsável por títulos como Monk e Psych. Em Março foi revelado que ela estaria produzindo uma serie de The Disciples sobe a direção de Wes Craven, do clássico A Hora do Pesadelo. A estreia está prevista para meados de 2016 e provavelmente deve pintar na rede do canal Syfy.

Acho sensacional, e de certa forma previsível, o que está acontecendo na mídia graças a Marvel. A um tempo atrás nunca sonharíamos com tantos comics sendo adaptados para TV e cinema, muito menos com a qualidade apresentada.

Mas o melhor e a volta da franquia Star Wars. Seja com a publicação de histórias derivadas, como Herdeiro do Império, ou a recente febre de ficção cientifica que vem influenciando principalmente os quadrinhos.

Estamos vivendo uma época onde obras como Eden e Akira recebem uma segunda chance, seguidas de tantas outras como Planetes e Terra Formars. E em meio a tantas The Disciples chega com tudo reunindo o melhor dos dois mundos. Aposto minhas fixas nesse comic.

Texto publicado originalmente em 03/07/2015

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