Dia 25 – Um quadrinho de seu autor favorito

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O mais complicado pra mim acho que é escolher o autor, afinal eu poderia muito bem falar de qualquer obra aqui. Sendo assim, vamos descobrir qual o autor que eu li e gostei do maior número de títulos… com uma competição!

Tambores rufam, o tapete vermelho e esticado e a plateia vai a loucura com a chegada dos ilustres competidores.

Autor: Alan Moore
Número de obras: 4
Candidatos:

  • V de Vingança – A suprema obra anarquista foi o primeiro HQ que li de Moore. Com uma trama envolvente e um dos melhores personagens já criados, em minha opinião, a obra com certeza me agrado bastante.
  • Watchman – Mas não tanto quanto aquela que por muitos e dita sua obra prima, afirmação com a qual tenho de concordar. Se você não gosta desse HQ, desculpe, mas em minha opinião de merda você não sabe o que é bom de verdade.
  • A Piada Mortal – A origem tenebrosa de coringa, o maior de todos os vilões de Batman, se intercala perfeitamente com o pior dia da vida de Gordon. Devido a spoilers eu não gostei da leitura, porém não posso deixar de concordar. E um ótimo quadrinho.
  • O que Aconteceu ao Homem de Aço? – Outra história clássica, dessa vez contando o fim do maior herói de todos. Foi interessante saber qual vilão derrotou o Super, mas ficou nisso. A história já está muito datada, logo não consigo gostar do que li.

Resultado final: 3

Autor: Neil Gaiman
Número de obras: 5
Candidatos:

  • Sandman – O senhor dos sonhos chega forte como uma das minha series favoritas, mas perde alguns pontos em certos arcos. Ainda assim e uma serie digna de ser mencionada.
  • Coraline – Apesar do quadrinho ser excelente ele é adaptação de um livro de Gaiman, ao contrário do que muitos pensam, e foi escrito por P. Craig Russell. Sendo assim acho melhor eliminar a entrada.
  • Eternos – Eu detestei esse quadrinho e não tenho medo de falar. Não consegui terminar a leitura, sendo assim o ponho na lanterna.
  • Punch – Apesar da arte fenomenal a leitura não foi de meu agrado. Em diversos momentos senti uma sensação de tedio durante a leitura.
  • Livros da Magia – Lembro que gostei bastante quando li, porem faz muito tempo isso. Digamos que valha meio ponto assim.

Resultado final: 1,5

Autor: Osamu Tezuka
Número de obras:
10
Candidatos:

  • Clockwork Orange – Coletânea fantástica de histórias mais maduras de um autor com uma carreira quase toda focada nas crianças. Provavelmente e minha favorita, so perdendo para Hotel.
  • The Carter – Outra coletânea, abrangendo diversos gêneros e novamente com uma pegada mais adulta. Minha opinião sobre os one-shots e mista, então será contado meio ponto.
  • Metropolis – Tezuka tem essa mania de fazer quadrinhos com títulos baseados em obras famosas, mesmo que não tenha relação. Mesmo assim, falo que está e tão boa quanto a obra pela qual foi nomeada. Em minha opinião? Não vale a leitura.
  • Crime e Castigo – Mas nem sempre os títulos fogem do tema. Esse é o caso de Crime e Castigo, adaptação da famosa obra de Dostoiévski. A diferença aqui e a abordagem mais light, focando nas crianças. Provavelmente foi isso que me impediu de gostar da obra.
  • Astro Boy – Falando em crianças, como todo bom fã de Tezuka não poderia deixar de ler as aventuras de Tetsuwan Atom. Foi uma experiência bem ruim para mim, infelizmente.
  • Black Jack – Já esse sim foi algo que gostei bastante. Um quadrinho medico muito bem feito para época e com excelente narrativa. Vou dar meio ponto pois ainda estou lendo.
  • A Princesa e o Cavaleiro – Sim, Tezuka também escreveu historias para garotas. Ou melhor dizendo, ele foi o primeiro a escrever algo desse gênero em mangas. Vocês devem estar pensando “ele não deve ter gostado.” Na verdade curti muito a leitura, haha.
  • Dororo – Agora mudamos, de uma história de princesas europeia para um conto de um samurai do Japão feudal. Como eu adoro esse manga. E algo simples, mas que ainda assim me conquistou pela narrativa do mestre.
  • Buda – Não sei ao certo se o autor era budista, mas nunca pensei que a história de Sidarta, mesmo com todo o romancismo, me levaria a ir atrás de uma religião. Não cheguei a ser “devoto” mas aceitei o budismo em minha vida como uma forma de filosofia a qual tento seguir.
  • Adolf – Por fim a obra suprema! Spoiler alerte, mas andei relendo partes de Watchman e Adolf e decidi que essa história sobre o nazismo tem um local reservado na estante do meu coração.

Resultado final: 6

Autor: Usamaru Furuya
Número de obras:
11
Candidatos:

  • At Na-chan’s – One-shot bem ruim. Parece ter alguma ligação com Marie, mas não tenho certeza.
  • The Music of Marie – Falando nisso, essa com certeza e a obra mais famosa do autor. Adoro quadrinhos que falam de utopias. Apesar de ser a obra mais reconhecida não é minha favorita. Ainda assim é muito boa.
  • Kanojo o Mamoru 51 no Houhou – Foi a obra que mais gostei de ler. Não que a história seja melhor. Nesse caso e puro gosto pessoal. Amo histórias de desastres naturais. Não sei se e verdade, mas falam que Tokyo Magnitude 8.0 foi inspirado nesse manga.
  • Litchi Hikari Club – Apesar de possuir diversos fatores para ser odiado eu gostei muito. Caras, teve cena yaoi e mesmo assim a obra continuou fantástica. XD Tem outras paradas chocantes, mas eu não ligo tanto. Em preferência deixo empatado com Konojo.
  • Bokura no Hikari Club – Não cheguei a listar no “O Mundo” mas gostei muito da prequel de Hikari. Porém ainda prefiro o primeiro. Leiam ele antes, ok.
  • Proof of Love – Falando de coisas chocantes. Nunca, repito, NUNCA, leia esse one-shot. A não ser que goste de merda, literalmente.
  • Palepoli – Quadrinho bem interessante que leva o termo “experimental” longe. Apesar disso não gostei. E algo muito 8 ou 80. Ou você adora ou odeia.
  • Short Cuts – Muito similar ao anterior, este quadrinho fala de algo muito especifico da cultura japonesa, as ko-gals. A princípio parece, mas se trata de um manga de comedia com piadas focadas em colegiais. Eu não consegui entender, logo deixei de lado.
  • Jisatsu Circle – Falando em colegiais, temos aqui a adaptação em quadrinhos do famoso filme O Pacto, mais conhecido como Suicide Club. Eu gosto do estilo de terror apresentado, mas não gostei da maneira que foi utilizada na obra.
  • Genkaku Picasso – Agora sim, esse e um quadrinho sobre estudantes que me cativou. A ideia de um romance interrompido por um acidente fatal e o suficiente para deixar muita gente com vontade de prosseguir a leitura. Mas a parte fantástica da obra não e o drama em si, e sim a jornada de “Picasso” por entre as obras surrealistas da mente humana. Apenas embarcando nessa viagem e desvendando os simbolismos que ele poderá continuar a viver, ao mesmo tempo que resgata pessoas com problemas. Eu adoro esse manga, e so não boto junto de Hikaru e 51 por não gostar tanto de certos “arcos”.
  • Plastic Girl – Apesar de tudo isso, Picasso e um HQ muito pé no chão em diversos momentos. Se busca algo mais adulto e experimental a escolha certa e Plastic Girl. Foi a primeira obra do autor que li, e ainda hoje e uma das minhas favoritas.

Resultado final: 6

No fim temos um empate entre Tezuka e Furuya, quem diria?

Texto publicado originalmente em 14/11/2014

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